FALTA DE APETITE

A falta de apetite acompanha, durante largo espaço de tempo, a doença. Algumas vezes, o facto de comer ou beber voltam a trazer memórias de náuseas e de mal estar. Ou o seu estômago sente-se como se tivesse "encolhido". A ansiedade por se tornar doente ou de ir fazer tratamento também pode causar-lhe perda de interesse em comer.

A recuperação do seu apetite, muitas vezes estimula todas as suas atitudes. A ingestão de pequenas quantidades de líquidos ou alimentos facilmente digeríveis, tomados a horas certas, é uma boa maneira de começar, após um período sem comer nada. Se um determinado alimento não é eficaz, tente um outro. Voltar a ter um horário normal das refeições é uma boa meta. Esta "lembra " que tem de comer.

Comer é uma actividade social para a grande maioria das pessoas, e a família e os amigos desempenham um papel importante no encorajamento ou no desencorajamento de comer. É importante, para estas pessoas, aprender a apoiar o doente sem o pressionar. Devem ter consciência de que é difícil para alguns doentes recuperar o seu apetite. Uma aproximação muito autoritária de um membro da família pode falhar. As crianças, principalmente, sentem a ansiedade dos pais acerca da alimentação e resistem às tentativas de as levar a comer.

A hora da refeição deve ser uma experiência agradável. O almoço e o pequeno almoço não são a lugar ou a hora para criar outros problemas. Ocasiões especiais, como aniversários, férias ou um familiar em particular, podem criar algum interesse em comer.

Um copo de vinho, durante as refeições, ajuda a estimular o apetite por relaxamento.

O exercício regular e um bom apetite andam de mãos dadas. Os músculos, o seu armazém vital de proteínas, somente podem ser construidos com alimentação apropriada e exercício. O estabelecimento de um horário diário para exercício ajuda-o(a) a recuperar a sua força mais rapidamente.

Exercícios fáceis podem ser sempre feitos em dias "não". Estes, feitos diariamente, são especialmente importantes para pessoas acamadas a fim de prevenir a perda de massa muscular e a capacidade de estar de pé, sentar ou andar.

Se vive sózinho(a), a preparação das refeições pode ser uma tarefa esmagadora. Pode ter falta de energia para cozinhar uma refeição quente e saborosa. Se tem um frigorífico, prepare várias refeições e congele-as, em porções individuais, e pode aquecê-las nos dias em que não lhe apeteça cozinhar. Tenha à mão várias embalagens de alimentos não perecíveis e enlatados. Convide os amigos com frequência para comer em conjunto uma refeição alegre. Para quem vive só, um livro de receitas é uma boa aquisição, pelas sugestões que dá.

A sua Assistente Social ou as Voluntárias podem ajudá-lo(a) a resolver alguns problemas. Elas podem também indicar-lhe onde conseguir apoio, como : Juntas de Freguesia, Grupos Religiosos, etc.